QUANDO A EMOÇÃO É UMA INIMIGA OCULTA?
O sistema no qual estamos inseridos entende que o vencedor é aquele que toma decisões com rapidez. Este conceito é válido para situações especificas como, por exemplo, uma emergência médica, o socorro ao filho, pais, amigos entre outros.
O perigo desta afirmativa está na generalização e mais especificamente no ato de uma compra ou do fechamento de negócios. É neste momento que o ego costuma inflar resultando em uma decisão intempestiva, levando as pessoas a afirmarem: Meu Deus eu agi sem pensar!
Muitas vezes o que aflora o ego é uma significativa carência emocional. Sua influencia nos negócios ou nas compras poderá transformar a realidade em um terrível pesadelo. Já presenciei pessoas fechando um negócio na emoção ao invés da razão.
A emoção é uma inimiga oculta quando o assunto é dinheiro. Explico melhor: O ser humano guarda no seu inconsciente registros de humilhação e privações, não necessariamente ligados a dinheiro ou a falta dele, mas muito mais pela ausência de amor, respeito e dignidade emocional.
Sabemos que os registros que guardam memórias de rejeição e desrespeito pelos nossos erros, ainda na infância, servem de recheio para intoxicar a auto-estima na vida adulta.
Costumo afirmar que o corpo cresce, a idade aumenta, mas a emoção negativa e infantil segue a espera de uma compensação. É neste ponto que está à raiz dos negócios mal feitos, pois no ato do fechamento a criança interior induz sugere uma compensação.
Encurralada pela dor da carência afetiva, a busca pela recompensa é uma forma de amenizar a dor sufocada por anos. Neste cenário, entra em cena o coitadinho que sente que o mundo todo está em festa, e somente ele, está de fora.
Naquele momento, a carência infla o ego, assoprando o perigo. A voz nasce tímida e ganha corpo implodindo a razão e enaltecendo a emoção do coitadinho, do eu mereço que é baseado pelas migalhas de auto-estima.
Existem negócios insanos que aprisionam. Prestações assumidas sem a menor condição de pagamento. Uma encrenca absurda resultado de um segundo de fraqueza.
Conheço pessoas que adquiriram um carro, para sentir poder. O volante inspira isso, mas quem financiou o ego exige o pagamento. Como pagar se o emprego se foi, uma doença surgiu e a economia está em crise?
Como garantir a estabilidade para honrar o pagamento? Impossível, não é mesmo? Talvez por esse motivo tantos carros, imóveis, móveis, terras, maquinário, estão sendo confiscados.
Vivemos a epidemia da devolução e da inadimplência. Devemos lembrar que comprar é um negócio e, como tal, não pode ser comparado a uma compra de pirulito. Digo isso, porque na minha infância, quando a coisa apertava e eu estava abalada pela dor do bullyng, geralmente uma moedinha comprava o meu passaporte para a felicidade. A degustação do pirulito colorido adoçava a vida cinza e cruel. Era uma troca justa, uma moeda por cor e sabor.
O sistema econômico adotou a tática do pirulito. Ele estimula o consumo como forma de elevar o poder pessoal, e faz parecer que uma moedinha paga tudo. A armadilha neste processo é apelar para a carência do comprador. Ou você acha que uma simples moeda paga algo que custa muitíssimo mais. Claro que não? Bem, movidos pela razão a resposta é clara. Já movidos pela carência do ego, a areia movediça afunda lares e pessoas.
Atenção! Evite fechar negócios na emoção. Seja um investigador. Avalie o contrato e suas implicações, mas acima de tudo avalie a carência afetiva que está motivando o negócio. Se não houver, ótimo, boa sorte e vá em frente!
Orgulho, soberba e o famoso eu sou, eu posso, eu mereço, são péssimos empreendedores. Bons profissionais, colaboradores e empreendedores são sensatos, conhecem suas carências e estão buscando curá-las.
Irlei Hammes Wiesel
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