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COMO LAPIDAR UMA CRIANÇA PARA O SUCESSO?

COMO LAPIDAR UMA CRIANÇA PARA O SUCESSO?

      Neste momento, do lado de fora da minha janela chove muito, ouço trovões e os relâmpagos estão assustadores. Uma chuva de outono que chega com vento, insinuando uma tempestade.

     Eu aproveito este cenário para sentir meu mundo interno e apreciar as lembranças que chegam. Certa, nostalgia me parece inevitável. Espontaneamente memórias da minha infância afloram e deixo fluir, me permito uma viagem no tempo para visitar experiências que construíram meu caráter.

     Vem a mente três memórias emocionantes que quero dividir com vocês, pode ser? 

     ACONCHEGO: O trabalho dos meus pais era com a terra, sendo assim, o dia de chuva era um acontecimento familiar, pois eles ficavam dentro de casa, o que implicava em convívio regado a boas comidas e lanches especiais.

     Eu e meus irmãos festejávamos a chuva, pois sabíamos que seria uma chance impar de estarmos perto um do outro.

     Lembro que em épocas de plantação e colheita, chorava muito de saudade do meu pai, pois não o via uma vez que, saia cedo e voltava tarde.

     Esta rotina pesada, mas necessária, impedia o convívio. Mas, quando chovia, ficávamos grudados no pescoço dele, enquanto a mãe costurava nossas roupinhas.

     Era um ninho recheado de amor e ternura.

     ADAPTAÇÃO: As máquinas usadas na colheita e na plantação exigiam concerto, meu pai trabalhava nisso também.

     Quando chovia ele nos levava até galpão do maquinário. Lembro-me que era um lugar gigante, cheio de tesouros a serem explorados. A mãe nos agasalhava e o pai carregava um por um, até o destino. No caminho ele nos enchia de beijos e confessava o quanto nos amava.

     Era o paraíso na terra, ter aquele pai, aquela mãe, meus irmãos a chuva e o Park da Disney para brincar o dia todo. A mãe levava almoço e lanche. Ela improvisava uma cama e assim que o sono vencia, o pai nos afofava perto dele. Lá fora chovia e dentro do galpão, rodeado com máquinas geladas e ferramentas estranhas, uma família adaptava a vida e sua condição para viver a felicidade.

     Quando anoitecia, a mãe de guarda-chuva carregava todos de volta para casa e, no caminho ela sussurrava seu imenso amor. Por vezes ela rezava, agradecendo a Deus a vida plena que usufruía junto à família que, havia constituído.

     Eu no colo da mãe, sob o barulho da chuva caindo no guarda chuva, estava no paraíso, em troca de tanto amor, eu abraçava minha mãe e meu pai inúmeras vezes ao dia.

     A felicidade está no amor cabe a gente agradecer ao que temos e valorizar o que somos.

     CUMPLICIDADE: Dia de chuva também era o momento certo de nos sentarmos em volta do fogão à lenha. O pai mexia do fogo e expressava nos olhos algo que hipnotizava a todos. Era um olhar de totalidade, plenitude, paz e gratidão. A mãe sorria, ela era cúmplice dele.

     Ambos tinham tudo o que precisavam nada mais era necessário, somente estar ali, na presença de seus quatro filhos, que harmoniosos brincavam em volta do fogão à lenha esperando o pão assar. O aroma invadia a casa.

     A cumplicidade era o sinal que estávamos, na família certa, na casa certa, no tempo certo sendo preparados para o futuro. Somos todos ligados na linha invisível do amor.  

     A chuva continua caindo e eu, enrolada no cobertor, procuro um lenço para secar lágrimas generosas e abundantes. Sinto saudade de um tempo poético. Uma época quase mágica, onde meus pais encontraram uma maneira muito especial de educar filhos para o mundo.

     A chuva é uma âncora que dispara em mim, a certeza que eu nasci no amor.

     Agora, mergulhada nas minhas lindas memórias, reconheço que sou um tesouro maravilhoso, pois foi assim que sempre fui criada pelos meus pais. Sou um verdadeiro tesouro para eles, sendo assim, sou exatamente isso.

     Um verdadeiro tesouro que brilha até o infinito e que vai além, muito além do que a infância pudesse supor.

     Irlei Hammes Wiesel

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