PALESTRANTE IRLEI WIESEL LIBERA ARTIGO: FELICIDADE É COMO UMA BORBOLETA
Felicidade é como uma borboleta
Felicidade é como uma borboleta Quanto mais você tenta apanhá-la, mais ela se afasta de você. Mas se você dirigir sua atenção para outras coisas, ela virá e pousará suavemente no seu ombro.
Henry Thoreau
- O que seus ombros carregam?
- O que seu coração armazena?
- O que sua mente cria?
- O que seu peito abafa?
- O que sua pele encobre?
- O que seus pés desviam?
- O que interrompe seu sangue?
- O que sua alma sufoca?
A vida é um desafio constante. A cada segundo do dia as dúvidas se apresentam e confundem nossas escolhas.
Percebo que existem dois lados quase antagônicos para se administrar. Um é a vida pessoal e o outro a vida profissional.
Na maioria das vezes, focamos tanto no trabalho, por entendermos que ele é a fonte de felicidade mais real e palpável possível, e negligenciamos a vida pessoal.
Desejamos alcançar o infinito, mas desconsideramos que quanto mais nos movemos em direção a ele, mais o infinito se torna distante e inacessível.
O tempo é uma estrada real que deve ser compreendida. É preciso senti-lo e não só mover-se nele.
Ao sentirmos o tempo entenderemos que ele é o agora. O agora é o tempo real e concreto. Nele é possível aceitar interferências reais. Podemos ser concretos e realistas no tempo do agora, ao passo que no tempo chamado futuro, só é possível projetar expectativas, possibilidades e sonhos.
Jamais saberemos se, algum dia, isso será real, uma vez que na dinâmica da vida, desejamos muitas coisas que no agora não se consolidam.
O tempo futuro precisa ser aguardado para comprovar se a expectativa se concretizou. O tempo do agora é o que temos para exercermos a liberdade. No tempo do agora podemos interferir de forma concreta naquilo que desejamos mudar, é também, um laboratório de tentativa e erro real, no agora a expectativa não cria falsas esperanças, apenas é, e pronto.
Por exemplo, se eu perguntasse agora:
- O que tenho agora? O que posso agora? O que faço agora? O que quero agora?
Estas perguntas direcionam meu pensamento para um ponto real e palpável. A resposta não irá me levar a sonhar com o infinito, ao contrário, fará meu olhar apreciar as condições reais do momento e com isso, a criação de idéias e movimentos de mudança, serão instantâneos.
A intervenção no agora cria motivação, pois os resultados aparecem instantaneamente.
Diariamente experimentamos as vantagens de se viver no agora, porém não percebemos. É o caso, por exemplo, de ver a pia cheia de louça suja. Olhar para louça é o agora, lavá-la é o agora e, apreciar a pia limpa, é a satisfação que nasce de algo real. Nasce do tempo chamado agora.
Se, fossemos ensinados a entender o valor de pequenas tarefas diárias, apreciaríamos muito mais cada movimento e tarefa essenciais no dia a dia.
Sentir o tempo do agora, é identificar a temperatura da água que cai do chuveiro sobre nosso corpo, é sentir o aroma do café invadindo a casa, é apreciar o colorido do prato de comida, é abrir a janela e descobrir novos movimentos da natureza, é olhar o espelho e de fato se ver refletido ali, é sentir as reações emocionais durante as tarefas, é manter a mente no corpo em movimento para reconhecer cada sensação que a vida lhe oferecerá de presente a cada segundo.
Talvez seja utopia, mas creio que se chegássemos próximos a esse jeito de praticar o tempo, a borboleta teria sempre um ombro para pousar sua felicidade.
www.irleiwiesel.com.br